1 de abril de 2015

Isolados

Dentre pensamentos jogados ao vento
a lucidez não faz sentido…
E este é o fim da segunda garrafa de vinho.

Na loucura da noite
me disperso por aí,
vendo e imaginando…
Como seria bom você estar aqui!

A lua clareia as ruas
com seu sinistro brilho azul
e sozinho perambulo… 
Bebendo e lembrando… 
Bebendo e lembrando…
Do que não tenho!

Tantas ruas vazias
e as pessoas em suas casas sozinhas,
pensando… 
Pensando
em coisas fúteis do dia-a-dia.

E mesmo assim estão todas ligadas 
por sonhos, desejos, pensamentos e lembranças.
Mas na superfície da realidade
todos fingem que o sentimento não tem importância!

Por isso somos ilhas isoladas,
banhadas pelas mesmas águas,
mas que não compartilham 
nem sua fauna, nem flora…

As horas demoram a passar
nessa noite que não é triste,
mas é solitária.


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