22 de novembro de 2015

A cor de existir além do que vê

Às vezes precisamos dar um tempo,
procurar mais profundidade nos atos…
Nas coisas que parecem rasas,
procurar razões e essências
que nos digam mais
que uma existência regada ao luxo,
de ter tudo e ainda sentir
que muito lhe falta!

Precisamos caminhar
à beira do lago Walden…
Precisamos enxergar
o que só se vê com a alma,
o que só se sente em silêncio,
o que não se pode transferir,
e apenas se reproduz no intervalo
dos seus pensamentos
carregados de desejos
e da rotina extenuante!

É difícil!
Sim, é difícil!
Mas já pensou no prejuízo
de viver e morrer
como se fosse só um número?

Quando chegar a hora
de retornar para o uno,
talvez se pergunte
se terá mesmo vivido ou só existido
em contrastes sem cores,
que se fundem
no cinza do horizonte.


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