Até onde nossos desejos
podem nos levar?
Até onde é o fim
da consciência humana?
Até onde sozinhos chegaremos,
sem que a própria sorte
navegue nossas certezas
tão frágeis?
Quantas horas se passarão
até que a alma desperte?
Quantos amores
dividirão teus lençóis
até que a volúpia se parta?
Até quando iremos
procurar a virtude,
nas latas de lixo
de nossos tristes dogmas?
Ai de todas as almas do mundo,
que não amam senão, a si mesmas.
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