A câmera capta
o tato
o palato
a palma do sapato.
Às seis da manhã,
meia hora a mais,
há menos tempo
e corre lá fora
o eu a contento
e colho o instante
do dia de agora.
Esqueço do sol
que a tudo devora
esqueço as chaves
eu perco a hora
resta-me o tato
o palato
areia e sal
e o par de sapatos.
Poema declamado no podcast TOMA AÍ UM POEMA, em 27 de julho de 2021.
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