Soneto II

Foi mais um dia ontem aquela sina
Meu andar cansado e ferido
Em Frente ao inimigo que me assassina 
Feito Don Quixote, o cavaleiro querido.

Lendo os versos de Mário Quintana 
Percebi-me preso
Como um passarinho que seu ninho profana
E à mão invisível demonstro meu desprezo.

Acordei mais um dia incoeso
Vejo o espectro que ronda a sociedade 
E diante de tanta desigualdade eu já não fico mais surpreso.

O rio em que deságua meus pensamentos é um só,
A amargura que mancha meus escritos
Dão início à queda do primeiro dominó.


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