Soneto VIII

Tem muita gente, comida e vinagrete 
As crianças correm no quintal;
Bate o sol e nos olhos ele reflete,
Os adultos riem num grande astral.

Lá fora o som estremece a estrutura,
Os ratos correm quando chega o anoitecer 
E a moça esbanja formosura 
A quem o tempo merecer.

Lá embaixo a gente se entorpece,
Fala alto e reclama 
De um mundo que no escuro padece.

Mas a segunda chega e arde infeliz
As crianças choram
E a vida passa como você sempre quis.


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