O que ainda me encanta

,

Neste mundo tão caótico, com tantos conflitos e desigualdades, com tanto avanço tecnológico e involução da humanidade, eu me pergunto: o que ainda me encanta?

Mas aí surgem lembranças de momentos vividos de puro encanamento. Lembro-me da Valsa das Flores de Tchaikovsky no espetáculo Quebra Nozes, exibido no Teatro Municipal em São Paulo. A valsa, para mim, foi o auge do espetáculo. A conjunção de sons, cores, momentos, harmonia e, por fim, o deslumbramento que emana, que transporta, que enleva e chega na alma. 

Outro momento inesquecível também se deu numa conjunção de fatores que culminou numa explosão de beleza e encantamento. Começo de noite, passeio descompromissado à beira-mar, parceiro ao lado, mãos dadas. Então, a lua cheia brota no horizonte das águas, derramando luz prateada ondas afora até atingir a areia. Olhos repletos de luar e mar.

Concluo que o gatilho que dispara o encantamento é o amor e a beleza. É preciso estar em sintonia amorosa consigo mesma e com os sentimentos atentos à beleza. Beleza essa que pode estar na natureza, na arte, nos encontros que fazem a vida fluir.

Célia Maria Cestaro Christofoletti, assistente social, já em descanso da função. Formada em 1975, atuou por mais de 28 anos na Prefeitura Municipal de Rio Claro, à frente da Secretaria de Ação Social. Leitora apaixonada, reserva seu tempo hoje ao autocuidado e ao serviço voluntariado. É integrante da Sociedade Vozes Literárias, vinculada à Alerc-SP.


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.