Se abrir as horas vou perceber que fui pisoteada, anestesiaram-me com produtos que eu jamais necessitei, por estar andando por essas vias dos humanos sou arrancada facilmente do meu lugar-comum e jogada no discurso do Estado: sim presa mansa desse monstro.
Devo voltar a leitura de Nietzsche? E apostar no potencial de criação e de vontade?
“Vigiai e escutai. Ó solitários! Do futuro chegam os ventos com misteriosas batidas de asas: e para ouvidos finos há boas notícias.
Vós solitários de hoje, vós que vos apartais, havereis um dia de ser um povo: de vós, que vos elegestes a vós próprios, há de crescer um povo eleito:- e dele o além- do- homem.
Em verdade, um lugar de convalescença há de tornar-se ainda a terra! E já há um novo aroma em torno dela; um aroma que traz saúde – e uma nova esperança! E somente quando me tiverdes todos renegados eu voltarei a vós.
Em verdade com outros olhos, meus irmãos, eu procurarei então os meus perdidos; com outro amor eu vos amarei então.” (Zaratustra, Da virtude que dá)
Com outros olhos continuarei procurando as bandeirinhas de Volpi e a primeira página do crime, e no meio desse caos reconstruir outros espaços da ética da estética.
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