
Em Ciclos, o autor convida o leitor a uma viagem poética através do tempo — esse fio invisível que costura o fim e o começo de cada fase da vida. O livro propõe um olhar atento sobre os encerramentos e recomeços, sobre o modo como o tempo nos transforma e como, ao longo dessa travessia, aprendemos a reconhecer a beleza do que se renova.
Entre suas páginas, o leitor é guiado por diferentes atmosferas e sensações. A natureza surge como espaço de contemplação e renascimento em poemas como “Desejo de Mato” e “O voo das garças”, enquanto as memórias afetivas, marca registrada do autor, retornam em versos que evocam a ternura da infância e os encantos da juventude, como em “Primeiro dia de aula”, “Playcenter” e “Ubatuba”.
Os “Microcontos Paulistanos” acrescentam outra camada à obra: pequenas narrativas que retratam a São Paulo dos anos 1980, com suas ruas emblemáticas, seus tipos urbanos e a nostalgia de uma cidade em constante movimento.
Assim, Ciclos se revela como uma celebração da passagem do tempo — um livro que acolhe o que termina e o que começa, que transforma lembranças, paisagens e vivências em poesia e reflexão.
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