O homem triste sentado no banco parecia não ver mais nada ao redor. Olhava para o chão, perdido em pensamentos que só ele conhecia.
Enquanto isso, uma criança passava feliz com sua bicicleta, rindo alto, como se o mundo fosse só dela. A alegria era tão leve que parecia voar com o vento.
Carros e motos passavam apressados na rua ao lado, como sempre. Ninguém parava, ninguém olhava.
O vento batia nas árvores… e, de repente, pareceu bater também nas portas do meu coração.
Fiquei ali, parada, entre a tristeza do homem, a alegria da criança e o barulho da cidade. Pensando em como a vida é feita desses encontros que não se falam, mas dizem tanto.
E foi nesse instante que EU JURO QUE VI — por um segundo, diria quase invisível — o homem levantar os olhos e sorrir, tímido, como se aquele riso da criança tivesse alcançado alguma lembrança escondida nele.
Talvez ele também tenha sentido o vento no peito. Talvez, por um momento, ele tenha lembrado que a vida, mesmo às vezes silenciosa, ainda respira.

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