
Em Iluminuras, o autor se distancia da proposta de sua obra anterior, Metropolitanos, para revelar um universo mais reminiscente e lírico. A coletânea reúne poemas escritos ao longo de décadas, desde os anos 70 até tempos mais recentes, trazendo à tona memórias, sentimentos e impressões que antes permaneceram guardados.
Por muitos anos, o autor hesitou em publicá-los, temendo o anacronismo e a possível falta de interesse pelo gênero na contemporaneidade. No entanto, essa resistência foi finalmente vencida, permitindo que os versos ganhassem liberdade para enfrentar os desafios do mundo e se conectassem com os leitores.
Os poemas exploram marcas da infância e juventude, os impasses e encantamentos da vida amorosa, e as sutilezas do cotidiano íntimo. É nesse espaço de vivência e observação que o olhar poético revela a beleza do óbvio, transformando experiências comuns em reflexões delicadas e profundas sobre a existência.
Iluminuras surge, assim, como um convite à contemplação: um mergulho sensível na memória, no amor e na poesia que floresce mesmo nas pequenas coisas do dia a dia.
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