Soneto XII

Quando vejo que a hora chegou,
Arde minh’alma em desespero
E em anseio exalta o mundo que nunca amou,
Mas o vive a sorrir em intempero.

Se são nas noites que espreita o perigo,
Nas avenidas, esquinas e praças,
Vá mais cedo e não conte comigo
E nem com as divinas graças.

Em seguida, apresso-me a partir
Não espero o dia chegar
A fim de ver quem vai me sorrir.

Eu chego, troco o figurino social
E parto melindroso
Com foco, mas desconfiança no destino.


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