Tatiane Cristina Joaquim de Lima

Tatiane Cristina Joaquim de Lima nasceu envolta em sons, memórias e afetos. Filha de Maria Aparecida Martins e Jorge Luiz Joaquim, carrega em sua história o calor da família e o eco dos tambores ancestrais. É mãe de Lucas Gabriel e Maxwell Felipe, e irmã de Thales Michel e Vanessa Beatriz — os gêmeos —, de Jorge Rafael e da saudosa Gabriele Aparecida (in memoriam), cuja lembrança floresce em cada passo de sua caminhada.

Formada no Magistério em 2000, graduada em Pedagogia em 2010 e pós-graduada em Gestão Educacional em 2015, Tatiane fez da educação o alicerce de sua trajetória. Leciona na Escola Municipal Jovelina Morateli, onde transforma aprendizado em partilha e cultura em pertencimento.

Em 2013, encontrou na umbigada não apenas uma dança, mas um chamado ancestral. Entre tambores e sorrisos, confeccionou o instrumento quinjengue e começou a compor modas, baias e canções que celebram a força do povo e o pulsar da terra. Seu envolvimento a levou a contribuir com o livro Implantação da Lei 10.639/2003: Roteiros (2014), registrando sua experiência na valorização da cultura afro-brasileira nas escolas.

Criou o batalhão de umbigada “Sete Léguas” em 2017, conduzindo o grupo até 2024, quando passou a gestão adiante, permanecendo como integrante e guardiã da tradição. Também atuou na ABCR Tamoyo, nas gestões de Marcos Lopes e Paulo Roberto Martins, reafirmando seu compromisso com a preservação e o fortalecimento da cultura popular.

Entre suas ações simbólicas, estão o plantio dos primeiros baobás de Rio Claro — em 2017 e 2021 —, árvores que representam raízes, memória e resistência. Participou da formação do grupo de percussão feminino Ilú de Candace, e segue tecendo caminhos onde a batida do tambor se mistura ao som da palavra.

Em 2023, escreveu para a coletânea Rosas para Marielle (lançada em 2024, pela Inmensa Editorial), reafirmando sua voz como mulher negra, educadora e artista. No mesmo ano, levou a capoeira à Associação de Moradores do Bairro Arco-Íris, fortalecendo laços comunitários e culturais.

Em 2025, Tatiane lança seu primeiro livro, A cor do amor e D’Ella para Elle (Editora Viseu), obra em que o batuque da umbigada se transforma em símbolo de cura, resistência e redenção — o coração pulsante de sua escrita e de sua vida.


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