Poesias

  • Cidades de papel

    Enquanto você sangravafazia sangraras outras pessoas também.De tanto tentar se esconderde seus defeitosacabou assimme envolvendo como parte deleso que fez issoo maior de todos.Não existe culpae nem remorsoapenas doeuquando tive que tiraros seus espinhosdos meus dedoscom o alicate.Mas depoisde muita paciênciaeu consegui acabarme livrando de todosmas tenho certezaque pelo menos algumdeve ter conseguido entrarpela minha…

  • Asas invisíveis

    Ah, liberdade!Esse sentimento indomávelque espreita no coração dos homense que está associadoa propósitos de vida,causas nobres,novos começose também paixões diminutas.Mas que pode parecer impossívelse olhada da maneira erradaou usada de forma incorretamas que se torna um alívio enormequando se realizaou se transforma em um pesadeloquando em excesso.Uma contradição, um desejo,um simples ponto de vista, um…

  • Tarde em Itapuã

    Você tornou-se meu porto seguro:Minha inspiração, desejo e cuidadoMinha felicidade e amor maduroDesatino e ardente fulgor sagrado. Com seu jeito de Iemanjá ou IansãMomentos que se tornaram para mimBem mais que uma tarde em Itapuã,Da memória indelével e sem fim.   Com você toda manhã é espetáculoToda risada é espontânea e sagazTodos segundos distantes calculo. Sentir…

  • 26 de julho de 2015

    A torre Nunca estive aqui antes…Daqui de cima vejo toda a cidadee pequenos pontos iluminados,que se fundem no horizonte…  O céu, embora com nuvens,nos permite vários vislumbres,das estrelas que se desvencilhame da lua que pede por atenção. Alguns breus se estendem na plantação de trigo e cana-de-açúcar, onde trabalhadores noturnos se dedicam à safra, Sem que ninguém tenha…

  • 9 de julho de 2018  

    Até onde nossos desejospodem nos levar?Até onde é o fim da consciência humana? Até onde sozinhos chegaremos,sem que a própria sortenavegue nossas certezastão frágeis? Quantas horas se passarãoaté que a alma desperte?Quantos amoresdividirão teus lençóisaté que a volúpia se parta? Até quando iremos procurar a virtude,nas latas de lixo de nossos tristes dogmas? Ai de todas as almas…

  • 1 de abril de 2015

    Isolados Dentre pensamentos jogados ao ventoa lucidez não faz sentido…E este é o fim da segunda garrafa de vinho. Na loucura da noiteme disperso por aí,vendo e imaginando…Como seria bom você estar aqui! A lua clareia as ruascom seu sinistro brilho azule sozinho perambulo… Bebendo e lembrando… Bebendo e lembrando…Do que não tenho! Tantas ruas vaziase as…

  • 8 de julho

    Senti sua presença inquietaEnquanto passavaEm sua rua de madrugada…Pensei em seu quarto,Nas paredes pintadas,No criado-mudo que guarda palavrasQue um dia te dei…E como são lindos Os silêncios por detrásDe janelas acesasE de lembrançasQue jazem no tempoDe um triste adeus.

  • 19 de novembro de 2018

    Tenho almae por isso vivo inquietoprocurando algo incertoperante toda vastidão… Ai de quemnão se despe,não se chocacontra o mundo… Não sente esse absurdo… (vazio)em meio à multidão. Na madrugada me sinto vivocom esse prazer tão primitivode viver como ideal… Olho as fachadasquietas, sutis (nostálgicas),com suas janelas à meia-luz… Queria conhecer cada indivíduo,que sonha acordado ou dormindo,coisas…

  • 4 de setembro de 2016 

    O diabo conta dólar e Walden dá os toques Me perguntaramQue coisa seria na vida…Mas como posso saberse coisa não sou?Como posso ser coisase sou humano? Mas disseram-me,na verdade, que coisaqueria da vida…Mas como diabosquero coisa?Quero ser!Quero estar no instantetão vivoquanto donode mim! Não quero coisas!Coisas são coisassem almaque coisa a vidade todos nós! Vi…

  • 23 de dezembro de 2015

    Fraco impulso de vida Acordar!Palavra usual,tão cheia de perguntas,que quase ninguém faz! Os olhos se abremdissolvendo a preguiçaa preguiça seguraa histerese da vida,mas quando a vontadeé maior que a resistência,se movimenta a almanuma certeza… Aquele fraco impulso de vida, sentado na cama,olha pro ladoe, além da janela, vê:existe um sol! Esse sol meio amarelado,feito a gema…